sábado, janeiro 22, 2005

Ao passar o Palais Royal


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Estive no centro com amigos, a beber vinho, a comer queijo, em bricolage de amizade.
Regresso a casa a pé e percorro os vinte minutos de caminho acompanhado pelo amarelado reflectido nas fachadas e no filme de água que reveste as lajes do chão.
O vento passa-me húmido pela cara como uma pasta glaciar que lentamente se deixa escorregar pelas as ruas.
O Palácio Real senta-se sólido e largo no meu caminho encimado na bandeira quadrada que drapeja solitária e vigilante.
Achego-me as golas ao queixo e teletransporto-me para um chá de camomila com um farrapo de leite e mel ao som do movimento perpétuo da guitarra do Paredes.
Odeio o tempo que demora chegar a casa mas não me canso e aproveito para repassar os pensamentos no Palais Royal, o meio termo da demanda, o está-quase-só-falta-outro-tanto.
Como a minha estadia em Brochelas...

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