segunda-feira, março 14, 2005

Se me apanho no avião ainda julgo que é mentira

Não há nada mais fastidioso para apanhar um avião do que todo o caminho casa aeroporto. Tanto pior se torna quanto mais desfazadas forem as horas de embarque das do normal bulício citadino. Entrar num avião que parta às 6h30 torna quase olímpica a tarefa de querer chegar a horas pelo preço mais baixo.

Acorda-se às 4h15, trata-se da higiéne básica, arrumam-se os ultimos embaraços e deixa-se a casa nas condições mínimas de convivialidade para um agradável regresso. O mais tardar às 4h45 estamos a bater a porta da rua. Poupa-se o dinheiro em taxi caminhando de peso às costas até à estação de combóio, por muito que isso se ressinta nas pernas. Ir cantando em surdina uma canção revolucionária sempre ajuda à motivação sobretudo se a isso juntarmos umas injúrias a todos os transportes públicos que só iniciam a actividade à hora justa de chegada à estação... na melhor das hipóteses.

Nada poderia ser mais frustrante que chegar à plataforma e ver o comboio a assobiar profundamente e a arrancar pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra. Fica-se a pensar na teoria da relatividade de Einstein e de como as pessoas nos vagões se distanciam de nós à mesma velocidade mas parecem estacionárias umas para as outras. Eu preferia que, do meu referencial, elas me parecessem paradas. O pior de tudo continua a ser a subjectividade de não haver nada a que possa atribuir as culpas. É nestas situações que se aplica a expressão “um azar do caraças” e não quando as meninas aparecem gravidas sem querer.

Entre a hipótese de esperar 40 minutos pelo combóio seguinte ou gastar o dinheiro a que me neguei no início, preferi fretar um táxi que me faça chegar a tempo de chequinar.

Saldo final: gastei 33 euros ao invés dos 2 previstos e nem sequer pude beneficiar de menor esforço físico indo directamente de casa.

É nestas alturas que Deus se manifesta das mais estranhas formas. A Lufthansa ainda serve refeições quentes a bordo...

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