Dertasdoburgo é uma daquelas cidades que convidam sempre a voltar. Não por ter alguma coisa de especial mas simplesmente porque é uma cidade onde as coisas funcionam além de nada estar estragado. Dom Cócó admirou-se com os detalhes do eléctrico futurista que cruza a cidade com ruído mínimo. Por ser envidraçado de alto a baixo a claustrofobia é substituida pela placidez da relva que lhe passa rente aos pés, junto das calhas. Cada estação está identificada por uma voz diferente que comunica a aproximação da paragem acompanhada também de um som especial diferente para cada uma.
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A cultura local bebe de influências da nação vizinha. O prato local é chucrute e bratwurst denunciando que a invasão foi bem sucedida e que este transitar de fronteira não faz das pessoas nem mais nem menos Francas. A Germania, que tantos insondaveis segredos guarda, parece um livro aberto à região alsaciana. Até mesmo a algaraviada que é o dialecto local mantem gordas semelhanças com a língua de Riefenstahl.
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Numa dessas noites foram a uma cervejeira local provar a beberragem lá feita e comer o que eles chamam de Flammekueche. Imagine-se uma espécie de crepe mas mais consistente e salgado coberto de ingredientes da italina pizza. Não sendo bem um nem a outra era muito bom também. Tal lhe deixou a impressão que entre o arroz de marisco e a paella muito ainda fica por explorar.
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