O metro são 3 linhas.
Uma circular mais-ou-menos que acompanha o anel de circulação interior da cidade.
Duas linhas que cruzam este anel sendo coincidentes nesse trajecto. Separam-se nos subúrbios cada uma para seu lado. À primeira vista parece mesmo um cromossoma em crossing-over. (cada um tem os seus referênciais e não vamos discutir mais isto, foi o que me pareceu e pronto!)
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Os vagões do metro tem nomes de cidades europeias. Da europa como definida pelo Conselho da Europa porque a carruagem Ljubljana já está com a tinta descascada há anos.
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O bom de estar no metro é sabermos com o que podemos contar. É um transporte lhano e frontal com o seu painelzinho de leds vermelhos, que mais parece saído de uma caixa de introdução à electrónica dos anos 90, que indicam a paragem onde se encontra o metro e o tempo estimado de espera.
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O metro é feio na generalidade e mesmo os processos de alindamento não foram eficazes. As paredes parecem escorrer já uma gorduranga típica das coisas feias e nojentas e o chão tem a sujidade entranhada nas falhas e está longe de parecer mármore.
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As obras de arte são pobres mas enfim, lá tem um descontente painel de azulejo Viúva Lamego pelo ilustre Júlio Pomar. O tema, o típico, uns Fernandos Pessoas, quatro para fazer a conta dos heterónimos. O Quinto Império continua ali, como Portugal no mundo. Uma obra de arte na linha circular mais-ou-menos, numa estação obnóxia de um bairro degradado onde ninguém nos sabe apreciar.
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O metro são 3 linhas... e nem uma serve para acordar.
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