segunda-feira, maio 16, 2005
domingo, maio 15, 2005
Lavagem de cara ao Ex Libris

touristic weekend: grand place 2
terça-feira, maio 10, 2005
Coração
Que aos corações lanças redes,
És perpetuo movimento
Na guitarra do paredes.
Pões esperança e amargura,
Livras sombra e luz nas notas
E em surdina tens gaivotas
De saudade e de aventura.
Coração tumultuário,
Ah faminto coração,
Solidário e solitário
A prender nuvens ao chão.
Coração da melodia,
Coração em que murmuram
Sol e lua e se misturam
Em funda melancolia.
De tantas fomes e sedes,
Coração terno e violento,
És perpétuo movimento na guitarra do paredes
Ah faminto coração,
A prender nuvens ao chão...
Letra: Vasco Graça Moura
Música: Mário Pacheco
Voz: Mísia
Piano: João Paulo Esteves da Silva
In Movimentos Perpétuos – Música para Carlos Paredes
domingo, maio 08, 2005
Pride?
A cidade encheu-se de jovenzinhos de cristas e moicanos em variações indistinguíveis, calças de ganga justas no gancho escondendo a masculinidade rapada, ténis de sola rasa em cor garrida encontrada na jaqueta desportiva e sorrisos dentífricos, muitos, gratuitos e inconsequentes.
Passaram bandeiras, cores e partidos. Passaram uns alegres, outros cansados.
Passaram no fim 7 carros de limpeza comunal a recolher os escolhos panfletários.
Enquanto mordiscava a sandes de paio do conforto altaneiro da minha janela, pensei: Existirá um propósito comum nesta manifestação?
Vá-se lá entender estas coisas...
sexta-feira, maio 06, 2005
terça-feira, maio 03, 2005
De casa ao metro
passa-me o sono por cima e o chão por baixo.
Evito bater na gente,
evito olhá-los de frente.
Embacio dos olhos a nitidez
da miséria cinzenta que se junta
aos cantos da rua lamacenta.
Ali passei ontem e amanhã outra vez.
De casa ao metro nos passos apressado
vai a distância de um cigarro.
segunda-feira, maio 02, 2005
Les nuits Botanique
Já tenho um dos dois albuns de promoção das banda belgas que ali vão tocar.
Nao esquecer que aqui nasceram, dEUS, Millionaire, Vive la Fête, Soulwax (2 many DJs)...
8º Festival de Curtas Metragens de Bruxelas
Tudo no Cinema Vendôme que a par com o Cinema Nova e o Actor's Studio são os meus favoritos.
sábado, abril 30, 2005
costumes
Iamos sem rumo definido, entre procurar a localização exacta do Rock Bar ou tentar entrar ainda num Zebra moribundo, e ao meu amigo dá-lhe uma incontrolável vontade de mudar a água às azeitonas. Como faltassem 10 minutos para chegarmos a qualquer um dos dois dicidiu-se voltar ao Walvis. Enquanto ele usufruia das instalações sanitárias eu fiquei de fora, não muito longe do grupo que agora via serem claramente uns belgas pacholas.
Quando nos preparamos para retomar a rua, somos interpelados pelo mais alto. A conversa foi assim:
Alto: - Hey, do you speak english?
Nós: - Sure
Alto: - Do you know where to find babydoll?
Nós: - No, I have no idea...
Alto: - Ah... So you guys know where to find some drugs?
Nós: - Mmm, no, not really...
Alto: - But you are from Brussels
Vicente: - No, he is! (Vicente points in my direction)
Eu: - Yes I am.
Alto: - Ok, then... Thanks anyway.
Nós: - Bye.
Do rescaldo da conversa várias questões se levantaram.
- Poderiam ser passadores a meter conversa para ver se andavamos numa de comprar?
- Poderiam ser paisanas a ver se nós eramos passadores? (porque aqui os passadores são pessoas normais...)
- Seriam só um grupo de arruaceiros de direita numa de testar se éramos material para arranjar problemas?
- Quem raio era Babydoll? Um passador conhecido da área?
- O que raio era Babydoll? Uma discoteca? Uma droga nova?
quinta-feira, abril 28, 2005
To the whiskeys
The King's crossing was the main attraction
Dominoes falling in a chain reaction
The scraping subject ruled by fear told me
Whiskey works better than beer
...
This is the place where time reverses
And dead men talk to all the pretty nurses
Instruments shine on a silver tray
Don't let me get carried away
Don't let me get carried away
Don't let me be carried away
King's Crossing by Elliot Smith
e...?
segunda-feira, abril 25, 2005
BIAC - onde começa e acaba
Tubagem inteligente
Bucareste austera
Transilvânia, ai, ai, que medo...
Castelo do Drácula
Amália na Juke
A obnóxia cantora de hotel romeno
domingo, abril 17, 2005
Excerto de um dia mau
Eu sei
A tua vida foi
Marcada pela dor de não saber aonde dói
Vê bem
Não houve à luz do dia
Quem não tenha provado
O travo amargo da melancolia
E então rapaz,
Então porquê a raiva se a culpa não é minha
Serão efeitos secundários da poesia
É só mais um dia mau, mau, mau
É só mais um dia mau, mau, mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
Ornatos Violeta
segunda-feira, abril 11, 2005
Conclave na Roménia
Assim se fazem os preparativos das damas romenas, que têm um traquejo enorme e longínqua reputação na combinação de cores e padrões, para uma noite de folia e vinho tinto.
Desde os tempos de Vlad Tepes, famoso por ser rapaz de bom porte e fino trato, sempre atencioso com os seus convidados, que estes tipos sabem como dar uma festa.
Toma conta de mim um ânsia de contactar com as gentes e manhas de um povo recenseado a 60% culpa grande reinado da população nómada Roma. Já me estou a ver rodeado de crianças de semáforo com ranho seco sob o lábio, a fingir que choram, a pedir uns níqueis para matar a fome. A árvore donde elas nascem julga-se estar situada lá, ainda que ninguém a tenha visto até hoje. Também gostava de ter um tête-a-tête com o Rei Cigano, diz-se por aí à boca cheia que tem andado a encher os cofres do... er... banco cigano (?) com as tributações que cobra por toda a Europa. É então indubitavel o seu talento para o negócio pelo que reside nele uma mais-valia para o estado português.
.
Claro que também não poderia deixar de ir à moderna "trans-sylvania".
sábado, abril 09, 2005
Palmazeitona and the johnsons
Super Abril
De minha casa ao café, tomando a linha recta que é sempre a mais curta mas nem sempre a mais rápida, vamos parando a ver as montras das lojas. Sem intenção de comprar nada vamo-nos deixando surpreender com o queixo caindo em maravilha.
Os cubos de rubik forrados a lantejoulas rearranjam-se nas cores da camisola da liberalização.
Aqui não houve Abril mas a segunda guerra ainda é um lenho mal agrafado.

terça-feira, abril 05, 2005
Ursinha carinhosa (care bear)
"There are words which are not sufficient, so I help them by making "objects""
"Adhesive plaster is simply the poor man's bronze"
"All I do is bypass poetry. What is the difference between a written page and a painting or a sculpture?"
Menção honrosa para a banda de clarinetes do 2º batalhão militar do Luxemburgo. 2º e último.
domingo, abril 03, 2005
Flypaper
Para os mosquitos homossexuais continuamos a usar o método de esmagamento por palmas.

Virgin Distress by Fila Lisboa feat. Licita
Excesso de bagagem, 75€ por 15 quilos a mais que já incluíam a bagagem de mão. Nem pó. Toca a voltar ao carro a deixar as conservas e farináceos de produção nacional que foram ideia de última hora para atafulhar a mala que se fosse mais vazia poderia romper na viagem. Nada de perscindir dos enchidos. Há coisas que um português não pode dispensar da sua dieta por mais de 2 meses sob pena de perder a rubra face e a destreza no manguito.
Tentativa de Check-in 2 - Fila 20 minutos.
Quanto mais o tempo se aproxima da hora de embarque maior a quantidade de pessoas que assomam ao balcão mostrando aquilo em que somos bons: Resolver probelmas individuais como se o mundo fosse acabar daqui a meia hora.
Desta vez são só 5 quilos a mais. Tem de se ir pagar 15€ ao guichet da Servisair que fica "ali ao fundo à esquerda" quando apontada a direcção geral do centro da termiteira.
Servisair - Fila 7 minutos.
Depois de preenchido o papel e de se ter chamado por intercomunicador o balcão de check-in para saber o número da reserva que recebi por e-mail e nunca imprimi, não há Multibanco. Há que evitar outra reincidência nesta fila contando os trocos.
Tentativa de Check-in 3 - Fila 5 minutos.
Sucesso. Até passei desavergonhadamente à frente, como me tinham indicado, mas deixando que a senhora que lá estava terminasse o assunto. Há um mínimo de cordialidade pelo próximo passageiro que devemos ter... nunca se sabe se ele não estará à nossa frente para os lavabos num momento de aperto.
Entrada para zona de embarque (1) - Fila 3 minutos.
Já com alguma manha se sabe qual a entrada escondida mas é sempre impossível evitar o habitual turista americano que chega com cartão de embarque nunca antes visto, carregado de um olhar de indignação pelo funcionamento empírico das coisas. Mostro o meu assim de longe e recebo um polegar para cima do oficial enquanto ele mergulha fundo no imbróglio do casal Nike.
Detector de metais - Fila 8 minutos.
A manha manda sempre estar atento ao fundo dos bastidores e observar bem se naquele preciso momento vai ser aberta uma outra passagem pela arcadinha pi-pi-pi. O divertículo alternativo é aberto e eu, manhosamente, um dos primeiros a passar.
Entrada para zona de embarque propriamente dita (2) - Fila 3 minutos.
O pouco tempo em fila explica-se pela espera sentado perto do portão de embarque até que a corja de ansiosos se dissipe.
Entrada para autocarro que leva ao avião - Fila 5 minutos.
Mau timing. Apanhei o momento entre autocarros. Detesto filas paradas sobretudo com famílias numerosas com forte incidência de crianças hiper-activas e/ou excitadas. Nunca percebi as vozes contra as sopinhas de cavalo cansado. A sabedoria dos antigos devia ser menos menosprezada. (Pode dizer-se maisprezada?)
Já dentro do Avião, 10 minutos depois de não entrar ninguém, recebemos um comunicado do piloto que preferiu esperar que se resolvesse um problema com as bagagens do nosso voo. Sonhei que teriam sido os cães dos Costumes a farejar as minhas linguiças...