segunda-feira, junho 27, 2005

o repto

Resposta ao repto lançado pelo sô skizo no sofá laranja sentado.

a] tamanho total dos arquivos de música no meu computador
Porque vou metodicamente passando tudo para formatos menos voláteis e porque odeio repetição de memória tenho hoje 196 objectos (ficheiros - albuns) que perfazem um total de 53,4 MB.
CORRECÇÃO: 9,75 GB (10.473.896.980 bytes)

b] último disco que comprei
Porque comprar música não é o mesmo que adquiri-la, os últimos álbuns comprados foram Quarks ::: Zuhause e a compilação Monika Force, tudo da editora Monika Enterprise.

c] música que estou a escutar agora
Porque estava a responder à pergunta anterior decidi que era hora da ruralidade inata, dos campos verdes ralinhos com ovelhas rapadas a ruminar.
Oiço pois Chica + the Folder ::: I'll come running.

d] cinco discos que escuto frequentemente ou que têm algum significado para mim

01. Fake French [ El Guapo]
porque todo ele é uma ode aos dias de hoje, ao nosso imaginário projectado num futuro de pendor bélico-tecnicista e pelas frases:

"The glass house, the glass room,
the clear water in the glass,
no front doors to meeting rooms,
no clear water in the glass"
(in Glass House)

"The will of the world is his will.
The run of the sphere is his run.
He is just as you're not.
He is because you're not"
(in Space Tourist)

" If we want to be like queens,
we will have to defeat the drones
defeat the drones that serve the queen
that serve the queen inside the honeycomb"
(in Underground)

02. O monstro precisa de amigos [ Ornatos Violeta ]
porque bebem o espírito do porto urbano e vomitam-no em catadupa.
porque me faz lembrar os tempos em q o porto era meu também.
porque sim.

03. Colette n.º 6 [VA]
porque são reminiscências do ecletismo de brochelas sem lhe sacrificar o gosto.

04. Train leaves at eight [The Walkabouts]
porque é feito de um dos meus planetas favoritos - Sotúrnia - e tem dos vários países uma canção refeita à imagem do grupo. De onde eu nasci aproveitaram José Mário Branco ::: Sopram ventos adversos (Hard winds blowin').

05. Who will cut our hair when we're gone [The Unicorns]
porque foi amor à primeira vista e ainda hoje estou para perceber porquê.

e] lanço o repto a outros bloggers
Peter Panic
Procuro
O meu passe social

terça-feira, junho 21, 2005

Esparsas de Estocolmo 1


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A casa típica da floresta. À volta eram passagens de terra batida atapetadas de caracoletas numa grande migração às 5 da manhã.
O sol tentava madrugar desde as 3 da manhã e não admira que os suecos andassem cheios de olheiras.
Fez-me lembrar os meus regressos solitários do, na altura, recém-aberto Lux, em que voltava com os primeiros raios de sol sobre o Tejo, pela estrada de apoio ao porto com os pombos a voar baixo fugindo aos reflexos prata do punto.
Posted by Hello

Esparsas de Estocolmo 2


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Com o palácio real a presidir à zona, o confluir das águas do estuário aumenta a humidade relativa que, para os dias de sol, ajuda a levantar um pouco a moral dos passeantes.
Uma afogada figura de arte aponta para o céu limpo. Mais um pedaço de arte urbana incompreendida... será o império submergido?
Também podíamos ter uma coisa do género no TEJO. Proponho um mário soares com as bochechas a servir do bóias apontando para o palácio de Belém assim como quem diz: "já lá vão os tempos em que eu morava ali..."
Posted by Hello

Epsarsas de Estocolmo 3


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O barco atracado lembra-me um perfume que marcou uma época.
Parece quase impossível dizer Drakkar e a seguir não dizer Noir. Depois entra insidiosa a memória do perfume narinas acima. Esta só encontra o que a suplante no também já mítico Brut. Brut after shave bálsamo. Se o primeiro eu associava ao espírito da ganga do início dos noventas, este último sempre associei a homens michelin suados, de focinheira porcina, com o palito ao canto dos lábios, e, contrastando, um anel de ouro e um mercedes.
Posted by Hello

Esparsas de Estocolmo 4


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Estocolmo, berço da Securitas e do design Ikea. Deram-me as boas vindas e uns dias de sol. As pessoas ensimesmadas não são frias. São plasticamente sorridentes e como tudo o que vi impecavelmente aprumado e irrepreensivelmente arrumado. O design, de tão homogéneo que é, faz com que nada pareça saltar à vista. Mas a sensação de nos passearmos numa nave espacial enfeitada com casas de bonecas é confortável.
Posted by Hello

segunda-feira, junho 06, 2005

FIM

Quando eu chegar batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que a minha mala vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um emigrante nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!

adaptado de Mário de Sá Carneiro
 
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