A minha mãe disse-me que ia haver dias assim.
Então não chego eu a casa ansioso por ver qual teria sido a reacção da blogosfera à minha citação/usurpação do Ernesto Melo e Castro e não tenho um comentário idiossincrático daqueles mesmo completamente a despropósito?!
Mandam-me listar 5 vícios e lembro-me logo que cada vez que quero escrever Tiago no telemóvel é o que me aparece escrito (Vício). A seguir é o Sid que me salta à mente e de como me passou a idade para me vestir como ele...
a) Tirar macacos do nariz.
Em qualquer altura dá. A melhor é no trânsito quando o ar artificialmente impelido me seca a mucosa e a trepidação os solta ligeiramente. Sofro um bocado por causa disto em situações públicas. Há momentos em que me apetece meter a gânfia no nariz só para conhecer o conforto de não ter nenhuma pendureza mas sei que não é socialmente aceite e refreio-me. A comichão fica lá e devo fazer mil-e-uma caretaspara evitar coçar declaradamente.
b) Corrigir as pessoas.
Sai-me o tiro pela culatra muitas vezes, mas que posso eu fazer? Sou um purista da língua... seja ela qual for.
c) Submeter tudo às engrenagens do paradigma científico para depois preferir que se retome alguma espiritualidade.
O conflito científico-religioso sempre me fascinou bem como a evolução histórica de eventos do domínio do ininteligível para o modelo causa-efeito. Tudo quanto envolva manifestação irracional de culto arrasta uma parafernália de objectos, documentos e imaginários mnemónicos de valor antropológico incalculável. Depois há a transposição destes valores intemporais num futuro próximo ou longíquo, dependendo da criatividade do autor/realizador, baralhando, partindo e dando com o devir tecnológico. Como é possível não gostar?
d) Coleccionar coisas sem utilidade na esperança que ganhem valor especulativo sobretudo em conjunto.
Tudo começou com a banda desenhada e numismática e recentemente estendeu-se a revistas nacionais de tendências que sei que nunca vão ter financiamento. Sei-as finitas no tempo e mais fáceis de armazenar. O meu maior temor é que alguém menos iluminado um dia mas deite fora, confundindo o tesouro por um conjunto de trastes. Espero que o valor monetário se eleve mais que o estimativo para me poder desfazer delas e comprar um carro de grande cilindrada. (ou achavam que os valores culturais se sobrepunham à futilidade masculina?? I'm only human!)
e) Dizer muita coisa sobre assunto nenhum e se possível inventar, inventar, inventar como se não houvesse amanhã...
Os próximos na fila são:
um amigo pop
celofane
the space invaders are here
a world in ashes
urbantrash