Para acabar de vez com a educação

"Discipline stricte et travail acharné triomphent de toutes les difficultés"

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Aos domingos, naqueles em que não tenho nada que fazer, entretenho-me a ver o Pensionnat de Chavagnes.Ilustra o programa como seria enfiar as crianças de hoje, de repente, num internato onde tudo se passa com a disciplina dos anos 50.

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A adaptação e mudança coercida sobre os adolescentes é incrível. Logo no primeiro dia, acabam-se as mariquices de cabelos, modas, maquilhagem, tecnologia. Tudo lhes é tirado, tudo é uniformizado em nome do jogo mesmo que alguns tentem resisitir infrutiferamente.
O objectivo é fazê-los passar no exame de final de ano ao fim de 5 semanas. Para isso há uma equipa de professores, orientados por um director e ainda dois tutores/perceptores das crianças que os vigiam de perto e aturam as maiores patifarias.
Todas as semanas há eleitos, os melhores e os piores da turma e expostos perante todos.
Aprendem riscando o giz na ardósia e são avaliados nos mais diversos temas com penas e tinteiros à moda antiga. Desde temas conjuntos como: Geografia, História, Língua Materna, Matemática, Ciências da Natureza, a temas sexistas e sectaários como: agricultura, pecuária, serralharia e mecânica para eles; puericultura, culinária, costura e etiqueta para elas.
Só dista da veracidade numa coisa, a disciplina é imposta psicologicamente e não tão fisicamente como se houve na tradição oral de pais e avós.

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Se pensavamos que as crianças iam de mal a pior, neste programa se prova que a lassidão e desresponsabilização familiar não trazem grandes vantagens e que a pedagogia parece ter evoluído num sentido mais democrático e natural mas com resultados mais pobres, dir-se-ia até, sofríveis.
Os míudos provêm dos mais variados fundos culturais e socio-económicos e exibem comportamentos totalmente diferentes onde nos revemos aqui e ali.
É inevitável ter um favorito. A minha é a Charlotte por ser a mais cabra.