terça-feira, maio 31, 2005

Senti-me como se tivesse andado a braguilha toda com a rua aberta.

terça-feira, maio 24, 2005

notícias interessantes para ler no caminho para o escritório e fazer conversa de café

Testes de ADN contra a bosteca canina
Em concelho municipal da cidade de Viena sugeriu-se a análise de ADN dos presentes deixados no caminho pelos perros canhotos de modo a punir os seus mestres, culpados de deixar o animal aliviar-se livremente na via pública.

O belga consome 11,6 Kg de queijo por ano
Em 2004 o consumidor médio belga comprou 11,6Kg de queijo . Este é o resultado de um inquérito do Centro Flamengo de Marketing Agro-Pecuário levado a cabo consultando 3000 famílias belgas. Estima-se que para aquele consumo de queijo se tenham gasto anualmente 95€ por pessoa. Em relação ao ano anterior houve um aumento de 4% em volume e 4,5% em valor. O queijo de de pasta dura, do tipo Gouda, representa a maior parte do queijo consumido - 54%. O queijo de cabra parece ser o que menos consumo tem, levando apenas uma fatia de 2%.

Deixa-te (e)levar pelo maior balão do mundo
O Aerófilo é o maior balão cativo do mundo e encontra-se em bruxelas. Envolve 5500 metros cúbicos de hélio, gaz inerte e ininflamável. Tem um cesto circular que pode acolher até 30 pessoas. Liga-o ao solo um cabo que, uma vez desenrolado, deixa elevar os balonautas a 150 metros de altitude.

segunda-feira, maio 23, 2005

esparsas de atum, a filosofia da cozinha de conserva



(Excerto de uma conversa tal qual como escrita no chat)

por acaso hj tb queria comer atum

fui a casa
e qndo abri a lata, com o abre latas...
a lata faz: pffff

e eu: pfffff? como assim, pffff?
atum não faz pffff...
comecei logo a pensar em
Clostridium botulinum
esse sim faz pfff e ah... cheira mal

ao acabar de abrir a lata
uma enorme nuvem de odor estranho
LIXO com ela imediatamente

acho que com os meus sentidos e conhecimentos da faculdade consegui evitar uma febre botulínica
intoxicação alimentar, não obrigado.
Morte à toxina botulínica por via oral.

Ainda pensei em guardá-la para alguma amiga que quisesse injectar nas peles



quarta-feira, maio 18, 2005

saí mais cedo

Quando faz sol toda a gente parece atrasar o passo e assim aproveitei o dia estar lento para aviar os meus afazeres o mais depressa possível esperando sempre não ser chamado ao gabinete da patroa para prestar contas. Não porque tivesse deixado algo inexplicavelmente fora de agenda, mas porque iria significar mais trabalho na certa. Além do facto de uma das leis universais que orientam o pessoal de escritório ser "quanto mais o dia se aproxima do fim maior se torna a reunião de emergência".
.
A hora chegaria sem alarme, após várias falsas ameaças com a patroa a ligar a pedir informação vária, quando ela não me costuma ligar para nada limitando-se a sibilar do fundo do seu gabinete numa pronúncia estranhamente italiana "Luííss". Estava o relógio a badalar as 17.30 (lá no escritório não há relógio nem tampouco badala as meias horas, era só uma figura de estilo) e já estava eu a enrolar os cabos do computador quando soa o telefone. No ecrã digital pisca "patroa"...
Socialmente sorrindo expliquei que não tinha muito tempo uma vez que - e aqui a minha mente começou a hiper-trabalhar sem chegar a uma solução eficiente - "tenho de me encontrar com um amigo para tomar um café E IR AO SUPERMERCADO!". Assoberbada pelo meu cumprir de pena de não assalariado, lá anuiu ao meu direito.
.
Amaldiçoado pelo peso do logro, forcei-me a ir ao supermercado, isto já às sete depois de um pouco de gestão doméstica com o sol de chofre.
.
Serve este texto para dizer apenas o seguinte: na fila para a caixa estava um rapazinho à minha frente, com ar louro e higiénico ao longe mas que tinha um leve travo a Podiaster telavadohoje que é uma planta aromática da africa setentrional. Achei que estava a ser magistralmente castigado.
Porque será que estes cabrões vêm ao mundo com as células olfactivas geneticamente modificadas?

saí atrasado

Aligeirei ao passo ao bater a porta. A descida volante das escadas lembrou-me que não levava mala hoje. Tinha-a deixado no escritório. Hoje podia caminhar e jingar.
.
Cá fora o sol esbofeteava o cinzento da Anspach. Experimentei olhar para as pessoas e espiolhar as vidas delas com as histórias que se podem construir à volta da sua presença circunstancial na Boulevard àquela hora. Uma coisa é certa, às 10 já ninguém tem pressa para ir a lado nenhum: Ou estão muito a tempo para não fazer nada ou estão já irremediavelmente atrasadas para o emprego. "Perdido por 100, perdido por 1000" entoavam os nossos pensamentos em coro.
.
Fui trauteando um irónico singing in the rain enquanto me desviava dos andantes em velocidade cruzeiro como se fossem gotas de água. Ainda pensei chapinhar os sapatos numa poça avermelhada. Depois de olhar segunda vez para o que podia ser tanto uma passata de tomate como uma placenta de cão, preferi saltar-lhe por cima e urgiu, a seguir, uma vontade de dar uma pirueta e ver as abas do casaco levantar sob os cotovelos.
.
Congeminei a minha desculpa e entrei no metro.
.
"Bof... cheguei atrasado, desculpem lá.
O despertador não tocou e... ainda bem ..."

domingo, maio 15, 2005

Lavagem de cara ao Ex Libris


.
Ao Atomium, tiraram-lhe as placas que compõem as faces das esferas. Arearam-nas até à resplandecência e recolocaram-nas no lugar. Na reposição sobraram espaços. Agora cada bola metálica tem janelas. A óbvia observação é a de as placas terem encolhido.
.
A seguir-se a tendência exploradora, não me surpreenderá que ali surja um restaurante de luxo. Se não existisse já "L'Ultime Atom" era um bom nome. Há mais propostas?Posted by Hello

touristic weekend: grand place 1


.
Um fim de tarde semi-triste, porque fiquei sozinho outra vez, porque o sépia tornava tudo numa memória, impedindo-me de saborear as últimas horas...
Posted by Hello

touristic weekend: grand place 2


.
Queria dizer a toda a gente que estava feliz, que elas não me interessavam para nada e que a grand place ao domingo era apenas uma diatribe de uma cidade viva. Queria que elas descobrissem aquilo eu tão claramente via.
.
Olhando bem para as calças de fato de treino escuras lateralizadas com riscas claras, para os polos sobre as t-shirts, para os quicos com óculos castanhos e preferi não interferir no processo artístico-turístico. Deixei que a experimentação prosseguisse, duplamente cega. E ri-me...
Posted by Hello

touristic weekend: grand place 3


Posted by Hello

terça-feira, maio 10, 2005

Coração



Coração de mar e vento,
Que aos corações lanças redes,
És perpetuo movimento
Na guitarra do paredes.

Pões esperança e amargura,
Livras sombra e luz nas notas
E em surdina tens gaivotas
De saudade e de aventura.

Coração tumultuário,
Ah faminto coração,
Solidário e solitário
A prender nuvens ao chão.

Coração da melodia,
Coração em que murmuram
Sol e lua e se misturam
Em funda melancolia.

De tantas fomes e sedes,
Coração terno e violento,
És perpétuo movimento na guitarra do paredes

Ah faminto coração,
A prender nuvens ao chão...

Letra: Vasco Graça Moura
Música: Mário Pacheco
Voz: Mísia
Piano: João Paulo Esteves da Silva
In Movimentos Perpétuos – Música para Carlos Paredes

domingo, maio 08, 2005

Pride?


.
A cidade encheu-se de mulheres altas, de cabelos de cores improvavéis, com mãos sapudas quando não peludas, ombros musculados e saltos agulha tamanho 43.
A cidade encheu-se de jovenzinhos de cristas e moicanos em variações indistinguíveis, calças de ganga justas no gancho escondendo a masculinidade rapada, ténis de sola rasa em cor garrida encontrada na jaqueta desportiva e sorrisos dentífricos, muitos, gratuitos e inconsequentes.
.
Passaram-me 9 camiões à porta com elevado débito de decibéis. Passaram-me 5 smarts, 2 limousines e 26 bicicletas. Passou um carnaval de gente mascarada intencionalmente ou não.
Passaram bandeiras, cores e partidos. Passaram uns alegres, outros cansados.
Passaram no fim 7 carros de limpeza comunal a recolher os escolhos panfletários.
.
Os peões desinformados aquiesceram e sorriram apontando aos filhos aquela ou acoloutra cara apalhaçada. A incompletude das matrafonas prestava-se a ser escarnecida.
Enquanto mordiscava a sandes de paio do conforto altaneiro da minha janela, pensei: Existirá um propósito comum nesta manifestação?
Vá-se lá entender estas coisas...

Stencil: gemula


Stencil: peekaboo


sexta-feira, maio 06, 2005

terça-feira, maio 03, 2005

De casa ao metro

De casa ao metro nos passos apressado
passa-me o sono por cima e o chão por baixo.

Evito bater na gente,
evito olhá-los de frente.
Embacio dos olhos a nitidez
da miséria cinzenta que se junta
aos cantos da rua lamacenta.
Ali passei ontem e amanhã outra vez.

De casa ao metro nos passos apressado
vai a distância de um cigarro.

segunda-feira, maio 02, 2005

Les nuits Botanique

.
O programa promete.
Já tenho um dos dois albuns de promoção das banda belgas que ali vão tocar.
Nao esquecer que aqui nasceram, dEUS, Millionaire, Vive la Fête, Soulwax (2 many DJs)...

8º Festival de Curtas Metragens de Bruxelas

.
Festival de curtas metragens de dia 30 Abril a 8 Maio.
Tudo no Cinema Vendôme que a par com o Cinema Nova e o Actor's Studio são os meus favoritos.
 
Free counter and web stats