sábado, novembro 06, 2004

Cheira mal cheira a Bruxelas

Todos os dias, entre o escritório e casa, caminho cerca de 600 metros.
Nesse caminho, uma rua direita e movimentada com passeios revestidos de calçada, ha que ter atenção redobrada. É necessária uma certa perícia para fazer slalom entre os detritos da mais variada natureza.
É uma rua direita, movimentada, com passeios revestidos de calçada, pensar-se-ia ser uma das principais artérias de acesso ao suburbio. Um para lá outro para cá, carros pasadeiras e semáforos, fazem fila às hora de ponta. Eu divirto-me a ultrapassa-los pelo passeio e ver as suas caras ansiosas e cheinhas de "road-rage". Mas mal me descuido, detendo os olhos demasiado tempo na senhora moderna de óculos de armações invisiveis tirando um macaco do nariz com a unha, lá tropeço numa pedra levantada. Fiquei feliz por nao ter sido atravessado por uma monumental cagada, das que costumam decorar a rua aqui e ali.
Seria de pensar que a cidade moderna mantivesse limpa esta rua direita movimentada de passeios revestidos a calçada. Mas não. Têm o estúpido habito de deixar de manhã o lixo em sacos à própria porta que esperam uma passagem nocturna do carro do lixo. Por um lado separam-no em sacos: não triado (branco), embalagens (azul), papel e cartão (amarelo), por outro não têm contentores. Por vezes sinto-me regressado à idade média e olho para as janelas a ver se não me aparece uma madame de seios fartos de penico na mão a gritar "lá vai áááágua!".
Mais acontece, nesta cidade do século XXI que há inspectores do lixo que multam as pessoas quando se enganam no dia em que põe qual dos sacos na rua ou mesmo se se enganaram no conteúdo do saco.
Claro que o cheiro na rua passa de tolerável a insuportável com o ligeiro mudar do vento. Fora isto a escorregadela em vomitado é também frequente.

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