sábado, novembro 27, 2004

Dom Cócó, o a-FETA-do

Viagem: Grécia (Bruxelas-Atenas-Patras-Atenas-Bruxelas)
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Sem grandes atribulações na virgínia companhia de transportes aéreos, Dom Cócó só teve pena de sentir o seu tutu um pouco próximo do prismático pelas excessivas horas de viagem.
A dita Grécia, terra de antiga história e beleza natural de equilibrio hidrográfico elevado, nao tem urbes de nota, mais se diria que são um desastre de densidade populacional.
Sem qualquer noção de Plano Director Municipal as casinhotas erguem-se sem grei nem lei cada uma de sua nação, amontoando-se em aglomerados sem beleza. Uma espécie de bazar cinzento de cimento em pó e betão armado.
Sem incorrer em grandes erros e sem medo de ser politicamente incorrecto Dom Cócó achou a Grécia uma senhora feia, desgrenhada, mal desmaquilhada e desatenta na vestimenta.
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No entanto, nela viu mais fundo.
Dona Grécia de coxas largas cozinhava bem, sorria desbragadamente, beberricava vinho sem complexos, oferecia luz no olhar, levantava os braços para dançar, cantarolava e explicava a sua cultura ao estrangeiro.
Dona Grécia falava orgulhosa da sua olímpica nova joia-capital, das suas duas mil (f)ilhas cada qual com sua singular particularidade, das suas gentes presentes e passadas.
Dona Grécia gere a sua casa de pasto como lhe apraz e expõe a dentadura sem medo na cara da Europa senhora, não tem medo que lhe vendam a alma por estar segura tão fundo no seu espartilho que jamais poderá ser domada escrava.
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Dona Grécia afinal é linda e convida sempre a quem bebe com ela a voltar um dia e dar-lhe um beijo quer ela tenha bigode ou não.
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(FETA: queijo grego que serve de entrada, prato principal ou sobremesa)

1 comentário:

Anónimo disse...

lindos trocadilhos com queijo feta.
sabes como se diz pastilha elástica em grego? não sei como se escreve, mas lê-se "piça" :|

Hugo (post-punk)

 
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